quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Nostalgia

Parei pra reler os posts " antigos ". Um não tão antigo assim me chamou a atenção: Agradecimentos de fim de ano. Tantos nomes citados seriam excluidos em apenas UM semestre de um novo ano! Não é estranho como os dias vão modificando cada pedacinho do nosso ser? Em apenas um semestre eu já não sou quem eu era, e provavelmente não seria mais o que tenho sido daqui mais seis meses. Confuso? Confuso é tudo isso, pessoas passageiras, sentimentos passageiros... tudo nessa vida é realmente inconstante? O que estava ali ontem, pode não estar amanhã? Queria encontrar as coisas nos seus devidos lugares vem enquando. Tenho mudado tanto, pensado tanto e sentido tanto, que já não sei mais. Não sei se é amor, amizade, não sei o que quero ou deixo de querer. Não sei se estou triste ou só cansada. Não saber é complicado minha gente... Eu tenho me estranhado, tenho sentido coisas que não sei descrever, e me falta alguém pra escutar todas essas ladainhas. Alguém que entenda cada palavra, que não me aponte um dedo julgador, uma pessoa que não sofrerá com nenhuma citação, alguem que eu não sei, não encontrei ainda. To sufocada, sem paciência, distante e com uma sede de vida agoniante.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Lá no alto daquela montanha
Avistei uma bela pastora
Que dizia na sua linguagem
Que queria se casar.
Bela pastora, entrai na roda
Para ver como se dança:
Uma volta, meia volta,
Abraçai o "seu" amor.

Assisti pela primeira vez uma aula de teatro, adorei. Não quero ser atriz, talvez nem leve jeito pra isso, mas aprender a lidar e reconhecer as emoções me é fundamental. Acho que será bom até pra faculdade que eu pretendo seguir... empolguei. haha.


... não estou fluindo

"...Tudo isso dói.
Mas eu sei que passa, que se está sendo assim é porque deve ser assim, e virá outro ciclo, depois. Para me dar força, escrevi no espelho do meu quarto: Tá certo que o sonho acabou, mas também não precisa virar pesadelo, não é? É o que estou tentando vivenciar.
Certo, muitas ilusões dançaram - mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas. Também não quero dramatizar e fazer dos problemas reais monstros insolúveis,becos-sem-saída. Nada é muito terrível. Só viver,não é?
A barra mesmo é ter que estar vivo e ter que desdobrar, batalhar um jeito qualquer de ficar numa boa. O meu tem sido olhar pra dentro, devagar, ter muito cuidado com cada palavra, com cada movimento, com cada coisa que me ligue ao de fora. Até que os dois ritmos naturalmente se encaixem outra vez e passem a fluir.
Porque não estou fluindo. " [ Caio Fernando Abreu ]

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Vibrações

É assim que ela me chega, de repente, quando abro a porta da geladeira, ao mudar o canal da televisão, quando saio ou chego da rua, simplesmente chega sem pedir licença, e ocupa um espaço que não existia, o que antes era sólido, pesado hoje já não é mais, é vazio e quando me chega posso sentir seu barulho, sua vibração. Uma vibração que me confundi, que me estremece e me assusta. Por que diabos as coisas são tão inconstantes? Essa sensação que me pega desprevenida tem levado com ela toda a calmaria e plenitude, me sinto incompleta, incapaz e limitada. Queria sair por aí, sumir, voltar, voar pra longe, estar mais perto, mas os meus pés permanecem presos demais ao chão, não me movo, e ela me chega mais uma vez... e eu nada faço.

" Como se eu estivesse por fora do movimento da vida. A vida rolando por aí feito roda-gigante, com todo mundo dentro, e eu aqui parada, pateta, sentada no bar. Sem fazer nada, como se tivesse desaprendido a linguagem dos outros. A linguagem que eles usam para se comunicar quando rodam assim e assim por diante nessa roda-gigante. Você tem um passe para a roda-gigante, uma senha, um código, sei lá. Você fala qualquer coisa tipo bá, por exemplo, então o cara deixa você entrar, sentar e rodar junto com os outros. Mas eu fico sempre do lado de fora. Aqui parada, sem saber a palavra certa, sem conseguir adivinhar. Olhando de fora, a cara cheia, louca de vontade de estar lá, rodando junto com eles nessa roda idiota - tá me entendendo, garotão? " [ Caio Fernando Abreu ]

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Que seja

Eu tinha deixado de sentir, tinha colocado lá no fundo todas as minhas inseguranças, me armei até os dentes e nada me abalava, fiquei distante, fria e estranha não foi? Mas agora, que tudo se foi, que a armadura caiu no chão, eu lembro de como é ruim sentir essa dorzinha no meio do peito, essa raiva minúscula que me faz querer largar tudo, largar os motivos que me fazem sentir isso, viver pra mim e por mim, não sentir mais nem uma pontadinha desse gosto de hipocrisia. Porque se eu não tenho esse direito, o que me resta? Digerir ainda mais esses sentimentos que só me levam pra longe? Cada vez mais distante, mais frio, mais sem toque. Eu não sei em que momento eu decidi não querer mais sentir essas coisas, eu não me lembro de quando eu decidi me colocar em primeiro lugar, só sei que tenho tido uma vontade enorme de continuar assim. Viver e direcionar minha vida pra onde eu bem entender, não sentir medo de estar perdendo alguma coisa, não ter a sensação que tudo é minha culpa. Eu só quero me ver livre dessas sensações de novo, me ver vazia outra vez, não sei.

O festival de esquetes ontem foi ótimo. Duas peças lindas pra não se esquecer. Estou ansiosa por sábado, quero ver todas as finalistas.

www.studioscs.com.br

Foto do meu celular :s

www.studioscs.com.br

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O retorno

Finalmente as aulas voltaram, quase tudo igual e semana que vem eu já vou estar cansada de tudo de novo. As mesmas piadinhas, as mesmas pessoas... é assim, sempre cansa mas deixa saudade.
Sábado eu fui assaltada, isso aí, assaltada por um pobre coitado que nem saber falar direito sabia ( levou meu único dinheirinho ), mas eu ainda estou com ódio no coração. Me senti tão inútil, tão vulnerável, que Deus me perdoe, mas a minha vontade era ter capacidade de matar aquele infeliz com as minhas mãos! Já roguei todas as pragas possíveis pra cima dele, e uma há de pegar, eu não posso mais sair da minha casa às sete horas da noite!! Isso me deixou tão pra baixo que na madrugada de sábado todos os meus fantasmas decidiram me atormentar, chorei que nem criança e desejei a morte alheia várias vezes.
Se eu já tinha motivos pra querer ir embora dessa cidade, agora eu tenho mais um, e um bom.

Cuidado com a próxima esquina.

:*

sábado, 8 de agosto de 2009

Minha internet voltou mas eu não tenho nadica de nada pra escrever, até teria se eu me esforçasse, mas não faz sentido. Férias prologadas até o dia 17, não gostei nada disse ( é sério ), não aguento mais não ter o que fazer, não ter o que conversar... saudade mesmo, vê se pode?!

Só isso.


(...) Eu nunca vou entender porque a gente continua voltando pra casa querendo ser de alguém, ainda que a gente esteja um ao lado do outro. Eu nunca vou entender porque você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais...

Mas aí, daqui uns dias.... você vai me ligar. Querendo tomar aquele café de sempre, querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor. Me querendo no escuro. E eu vou topar. Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque você me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo."