terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Agonia.


Tinha uma agonia ali... bem ali onde talvez ele nunca fosse enxergar.
Era uma agonia com gosto de espera, mas não sabia bem o que.

Esperar o que? Não existi nada!

Talvez seja esse o problema... se tornou uma doença que não sai da cabeça.

Não é amor, paixão... é sem nome. Sem essência. Mas existi.
Está aqui, pode ser tocada e sentida... mas não é livre. É guardada, reprimida...
Não porque assim eu decidi, mas porque foi por esse caminho que eu segui... seguimos.

Não faz sentido algum não é? Não revela nada, não muda nada, mas então pra quê?
Queria eu poder arrancar isso, não do coração... mas da cabeça.
E se eu falasse? Se eu gritasse?
Seria diferente então? Provalvente não. Isso é o que mais pertuba.

Eu sei, eu sei que não faz diferença... mas é a agonia da espera do que não existe.

Todos os dias... insistentemente.


" Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim. Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam...

... você não me deixa"





Um comentário:

Regular Joe disse...

Ah, linda... nem sei o que dizer, e quando fico assim prefiro mesmo não me manifestar.
Olha, seu perfil não está disponível, pelo que só consegui localizá-la porque tenho o link no meu blog; que tal torná-lo disponível, para a gente poder visitá-la com mais facilidade?
Beijinhos, com saudade e com aroma de rosas, do João